terça-feira, 29 de setembro de 2015

DONO DE FARMÁCIA VIRA RÉU POR REPASSAR REMÉDIOS ATÉ PARA MORTOS

Um empresário de Três Lagoas, cidade a 338 km de Campo Grande, está sendo acusado pelo MPF (Ministério Público Federal) por fraudes contra o programa “Farmácia Popular”, do governo federal. Dono de uma farmácia localizada no bairro Santos Dumont, Cesar Vinícius Moleiro Ribas teria usado até o nome de pessoas mortas para receber irregularmente por medicamentos repassados pelo Ministério daSaúde.
De acordo com a assessoria do MPF, Ribas já devolveu o valor recebido irregularmente ao Fundo Nacional de Saúde após acordo administrativo com a União. Entretanto, o Ministério Público Federal quer o pagamento de multa civil de R$ 153.101,48, equivalente ao valor da fraude corrigido monetariamente.
O empresário se tornou réu em dois processos ajuizados pelo MPF, por improbidade administrativa e estelionato. O prejuízo à União com fraude de documentos e repasse de remédios para pessoas falecidas atingiu R$ 117.155,84.
Pena – Se for condenado na esfera cível por improbidade, Cesar poderá ter os direitos políticos suspensos, ficar proibido de contratar com o poder público e de receber benefícios ou incentivos fiscais, além do pagamento da multa civil. Já na esfera criminal, ele pode pegar de um cinco anos de prisão por estelionato, além de multa.
Conforme o MPF, mesmo não sendo servidor público, Cesar Ribas também pode ser responsabilizado por improbidade administrativa, ato ilegal popularmente associado a agentes públicos. O empresário tinha vínculo com o poder público e enriqueceu ilicitamente fraudando programa da União, segundo a denúncia.
Fraudes e remédios a falecidos – O MPF afirma que por ser credenciado no programa Farmácia Popular, que prevê descontos e até mesmo gratuidade de medicamentos à população, Cesar possuía acesso ao sistema de gerenciamento do programa. Após cadastro do cidadão, do médico e do receituário, o sistema gerava uma autorização para o repasse do remédio. No mês seguinte o governo federal fazia o pagamento da venda na conta da farmácia.
“Para fraudar a venda de medicamentos, remédios eram repassados sem receitas ou acima da quantidade prescrita pelo médico. Recibos de um mesmo cidadão tinham assinaturas diferentes da pessoa cadastrada ou estavam sem assinatura, desrespeitando o regulamento do programa. Cesar efetuou supostos repasses até mesmo para pessoas falecidas. Auditoria do Ministério da Saúde revelou também que o empresário chegou a vender medicamentos que nem existiam no estoque”, afirma o MPF.
De acordo com a assessoria do MPF, a fraude foi revelada após denúncia de uma usuária do programa no interior de São Paulo. Ela teve o repasse da medicação negado pelo programa durante dois meses, sob a alegação de que o remédio já tinha sido repassado através da farmácia de Cesar Ribas.

MEDICAMENTO CONTRA O MAL DE PARKINSON

Chegou ao Brasil um medicamento em forma de adesivo, o primeiro tratamento transdérmico para doença.
Aplicado sobre a pele, o Neupro libera a medicação de forma estável e contínua durante de 24 horas.
As vantagens são que ele evita que o paciente esqueça de tomar o medicamento na hora certa e substitui até 8 comprimidos que os doentes mais graves são obrigados a tomar.
Por ser adesivo, o remédio entra direto pela pele, sem passar pelo trato gastro-intestinal, o que poderia causar náuseas.
Efeito

O medicamento é um agonista dopaminérgico, o que significa que age diretamente nos receptores de dopamina, um neurotransmissor responsável pelos movimentos. Assim, é eficaz no controle dos distúrbios motores.
Mais de 190 mil pacientes já são tratados com Neupro em todo o mundo.
Ele está disponível em 40 países e é produzido pelo laboratório UCB, de Bruxelas, na Bélgica.
Como aplicar
O paciente tem que aplicar o adesivo sobre a pele limpa, seca e saudável nas áreas dos ombros, braços ou abdômen e deixá-lo por 24 horas no mesmo local.
Ao substituir por outro adesivo, deve aplicá-lo em um local diferente.
O Neupro pode ser utilizado tanto na fase inicial, quanto nas mais avançadas da doença de Parkinson.
Quanto antes o paciente for diagnosticado e começar o tratamento, melhores serão os resultados.
O valor do medicamento não foi divulgado.
Com informações do JornalDiaDia

sábado, 25 de maio de 2013

MEDICAMENTO POPULAR PARA ENXAQUECA PODE SER FATAL



A fitoterapia está na medicina tradicional chinesa há milhares de anos.
  Essa terapia, a base essencialmente de plantas, faz parte de uma ciência pautada nas experiências empíricas acumuladas ao longo de anos, e os medicamentos são divididos de acordo com a propriedade e ação de cada planta que compõe uma determinada terapia.
  Por ser um tratamento complexo, já que é preciso conhecer a fundo os efeitos de cada planta, por não haver um vasto material bibliográfico que aborde o assunto com a necessária importância, e também por se pautar em teorias filosóficas e crenças populares, a medicina ocidental não trabalha com essa vertente, pois se baseia em observações e análises científicas, possui práticas cirúrgicas, objetivas, químicas, bacteriológicas, heteropáticas e celulares, nas quais a fitoterapia, em si, não provê.
Ainda assim, muitos são os ocidentais adeptos da terapia oriental, que acreditam que os tratamentos a base de plantas e chás funcionam melhor do que as drogas produzidas e manipuladas em laboratórios.
  Um desses tratamentos é chamado de Zheng Tian Wan, uma combinação de ervas que é usada para combater as dores de cabeça e enxaquecas. Ela é regulamentada e está disponível para comercialização no Reino Unido.
  No entanto, recentemente, o seu consumo vem sendo associado a complicações graves de saúde e a morte, segundo relato das autoridades de saúde.
Os sites que vendem o Zheng Tian Wan, em seus anúncios, trazem o produto como algo livre de falhas, já que faz parte da tradição milenar chinesa. Alguns dizeres contêm a seguinte ideia: “Fórmula com uma história de mil anos que combate a dor de cabeça e enxaqueca”.
O grande problema, fato este que quase ninguém sabia e que veio à tona recentemente, é que o remédio milenar contém uma erva apelidada pelos gregos antigos de “a rainha dos venenos”, por ser tóxica para o coração e sistema nervoso.
Essa erva chamada acônito é uma planta muito venenosa que pertence à família Ranunculaceae. Possui flores azuis no formato de um elmo, raízes tuberosas e caule ereto. Apenas 10 gramas da raiz desta planta já são suficientes para matar uma pessoa, porém qualquer parte da planta, desde as folhas, caule e semente são potencialmente venenosas. O indivíduo que se torna uma vítima de envenenamento por essa planta sofre salivação excessiva, tremores, aceleração dos batimentos cardíacos e falta de ar.
O medicamento está em uma lista de ingredientes à base de plantas restritas, e a Agência de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido já emitiu uma declaração de alerta contra o uso do Zheng Tian Wan.
A declaração foi expedida após a agência notificar três suspeitas de efeitos secundários e perigosos após o uso do medicamento. Um dos pacientes sofreu com problemas nos rins, outro precisou de atendimento médico quando sofreu com tonturas e formigamento, e o terceiro paciente alegou dores, palpitações, falta de ar que só foram amenizadas quando o paciente parou de ingerir o produto chinês.
Andrea Farmer, gerente de política da Agência de Medicamentos e Produtos de Saúde, disse que os medicamentos fitoterápicos podem representar um perigo a saúde em determinadas circunstâncias. "Em certas circunstâncias, como quando acônito é tomado por via oral, pode ser extremamente perigoso”, disse.
Natural não significa seguro. Para ajudar você a escolher um produto fitoterápico que é adequado para você, procure um produto que tem um registro de ervas tradicionais ou o número de licença do produto na embalagem. Esses produtos vêm cumprindo com a qualidade aceitável e normas de segurança”, aconselha Farmer.
No Reino Unido, a venda de produtos a base de acônito não são permitidos sem que haja autorização, e apenas médicos qualificados têm permissão de prescrever o uso de acônito dependendo da circunstância e de acordo com as recomendações e leis que regem o seu consumo.
Embora seja perigoso, o medicamento é vendido principalmente pela internet, meio este quase impossível de ser controlado e fiscalizado, o que torna difícil para as autoridades de saúde, saber quais são os níveis de acônito que o medicamento possui.
"O acônito é um produto particularmente tóxico, por isso, independentemente dos níveis [que possa haver no medicamento] é aconselhável que as pessoas não comprem o produto”, disse um porta voz da agência de saúde britânica.


terça-feira, 5 de março de 2013

Anvisa propõe novas regras para fitoterápicos


Tanchagem, chapéu-de-couro, laranja-amarga, erva-de-bugre, macela, chambá.

Muito usadas pelos avós, essas e outras substâncias, transformadas em medicamentos fitoterápicos, devem ganhar novas regras de comercialização para ter mais espaço nas prateleiras.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) discute nesta semana a flexibilização da regra em vigor e ainda a criação de uma nova categoria de medicamentos: a do "produto tradicional fitoterápico".

Em seguida, o assunto ainda precisará passar por consulta pública.

Com funções de expectorante, anti-inflamatório, diurético e tantas outras, os fitoterápicos têm princípios ativos derivados exclusivamente de plantas medicinais.


Nos medicamentos "comuns", em geral pode haver também componentes sintéticos e biológicos.

Nos últimos anos, houve queda no número de fabricantes dessas substâncias --de 119 em 2008 para 78 em 2011-- e no total de produtos no mercado --de 512 em 2008 para 384 três anos depois.

A diminuição vem acontecendo porque muitos dos medicamentos conseguiram seus registros em uma época em que não eram necessários estudos de comprovação.

Quando esses registros expiram, os fabricantes acabam não conseguindo renová-los, e o remédio sai do mercado.

Foi o caso da funchicórea, remédio usado para cólicas em bebês há 72 anos, cujo registro foi cancelado pela Anvisa em 2012.

Hoje, muitos fitoterápicos tradicionais, como o baseado na erva-de-bugre, entram na classe dos medicamentos.

Isso significa que essas drogas só têm sua comercialização autorizada após a apresentação de estudos clínicos e de dados científicos que comprovem a sua eficácia e segurança.

FLEXIBILIZAÇÃO

A ideia da Anvisa é flexibilizar essa cobrança e liberar produtos que comprovem a segurança pelo uso tradicional registrado em artigos e livros --desde que os fabricantes cumpram as regras de higiene atualmente exigidas.


Seguindo regras adotadas por outros países, como a Alemanha, a medida deve ter mais impacto em produtos para sintomas de baixa gravidade, como cólicas e prisão de ventre.

"Já existia a abertura para reconhecer a tradicionalidade do uso, mas era insuficiente para garantir que os produtos ficassem no mercado. A área técnica exigia estudos que muitas vezes não estão disponíveis, e o registro ou sua renovação era negado", explica Dirceu Barbano, diretor-presidente da Anvisa.

Barbano afirma que há consenso entre os diretores da Anvisa sobre a necessidade de aproveitar mais o conhecimento tradicional.

"Vivemos num país com biodiversidade e tradicionalidade grandes que acabam sem reconhecimento."

Apesar da queda nos registros, o setor vê aquecimento no mercado nos últimos anos no país, chegando a valores próximos de U$ 550 milhões em 2010.

As regras para registro e as exigências de produção para a nova categoria ainda não foram definidas. Já existe, porém, uma lista de substâncias preparada pela Anvisa que servirá de referência o "formulário de Fitoterápicos, Farmacopeia Brasileira".

A proposta é que substâncias que estão na lista não precisem comprovar a existência do uso tradicional.

E as que estão fora dela --caso dos componentes da funchicórea, hoje vetada-- tenham que fazer a comprovação para serem liberadas.

MIGRAÇÃO
A atual regulamentação do setor é diferente da de países europeus e fez com que muitas empresas fechassem ou migrassem para o ramo de cosméticos, argumenta Henrique Tada, diretor-técnico-executivo da Alanac (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais).


"No Rio Grande do Sul, que tinha um polo grande de fitoterápicos, 80% das empresas fecharam pelo grau dessa regulamentação".

Já Raymundo Paraná, hepatologista e professor da Universidade Federal da Bahia, faz críticas à redução de exigências sobre os medicamentos fitoterápicos.

Segundo ele, independentemente de serem mais "naturais" do que os medicamentos tradicionais, os remédios derivados de plantas medicinais podem ser tóxicos e causar danos ao fígado, assim como qualquer droga comum.

Por isso, precisariam de uma regulamentação tão rígida quanto.

"Toda e qualquer medicação, não importa se é fitoterápico ou contra sintomas, tem que ter comprovação científica em estudos avançados. Sem isso, não podemos assegurar a eficiência e, sobretudo, a segurança."


FONTE: FOLHA

domingo, 20 de janeiro de 2013

VIAGRA CONTRA A OBESIDADE?


O medicamento Viagra é indicado para disfunção sexual masculina, mas também pode servir para ajudar a perder peso. Segundo pesquisa realizada pela universidade alemã de Bonn, as pílulas azuis contêm substâncias capazes de transformar as células de gordura e acelerar o gasto calórico.
A equipe do professor Alexander Pfeifer, responsável pela pesquisa, constatou o efeito emagrecedor ao perceber que ratos tratados com Viagra ficaram imunes à obesidade, apesar de serem alimentados com uma dieta hipercalórica. A transformação das células também reduz o risco de doenças cardíacas pois ajuda a frear processos inflamatórios que podem desencadeá-las.
Em entrevista ao tabloide britânico Daily Mail, o professor Pfeifer desaconselhou o uso do medicamento por pessoas que querem emagrecer. “O estudo está em um estágio muito inicial e foram realizados testes apenas em ratos.”

sábado, 19 de janeiro de 2013

10 MEDICAMENTOS MAIS VENDIDOS NO BRASIL


RIO- A lista dos 10 medicamentos mais vendidos no país em 2012 ajuda as vedetes da indústria farmacêutica e identificar os principais sofrimentos dos brasileiros. De acordo com a IMS Health, consultoria especializada em dados da área de saúde, o descongestionante nasal Neosoro é foi o medicamento mais vendido em número de unidades.
Quando considerado o faturamento total, o remédio que mais arrecadou dinheiro nas farmácias brasileiras no ano passado foi o Dorflex. Em seguida vem o Torsilax (analgésico e anti-inflamatório) e a Neosaldina (analgésico).
A lista das mais vendidas por unidade inclui drogas que exigem prescrição ou não:
1- Neosoro (descongestionante nasal)
2- Puran T4 (hormônio tireoidiano)
3- Salonpas (analgésico e anti-inflamatório)
4- Cliclo 21 (anticoncepcional)
5- Microvlar (anticoncepcional)
6- Buscopan Composto (analgésico e antiespasmódico)
7-Rivotril (anticonvulsivante e ansiolítico)
8- Dorflex (analgésico)
9- Glifage (antidiabético)
10- Hipoglós (pomada para assaduras)

FONTE: O GLOBO

sábado, 15 de dezembro de 2012

SUA URINA PODE PRODUZIR NEURÔNIOS


Um estudo da Academia Chinesa de Ciências descobriu que nossa urina pode se transformar em neurônios. Segundo um estudo publicado na Nature Methods, células descartadas quando vamos ao banheiro podem ser reprogramadas para gerarem células cerebrais. Os resultados da pesquisa podem mudar a maneira com que nos relacionamos com doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson. 

A primeira vantagem desse método é que as células criadas por ele se adaptam ao organismo de maneira muito semelhante que as células-tronco. Além de todo o dilema moral envolvido nesse processo, há o risco da formação de tumores no corpo da pessoa que recebeu as células-tronco. 

O experimento funcionou assim: as células epiteliais dos rins foram isoladas da urina e transformadas em células-tronco pluripotentes induzidas – um tipo de unidade estrutural que pode ser “forçada” a se tornar qualquer tecido humano. Essa transformação levou 12 dias – metade do tempo habitual. 

Na realidade, a urina gera células progenitoras neurais, que são percussoras dos neurônios. Essas estruturas podem ser dividas e replicadas em laboratório. No caso, um rato recém-nascido foi utilizado. As células foram transportadas para o seu cérebro e o comportamento foi exatamente o esperado: elas sobreviveram e se dividiram sem nenhum problema. Daí, o otimismo de médicos e cientistas. 

Outro fator que contribui para esse ânimo em torno da possibilidade de usar a urina na criação de células cerebrais é que, além da urina poder ser recolhida de praticamente qualquer paciente, retirá-la é um método muito mais simples e menos invasivo que tirar sangue ou recolher amostra de tecido dos pacientes.