Hidrogel injetável promete tratar danos no tecido do músculo do coração causados por infarto. Foi desenvolvido por cientista da Universidade da Califórnia, em San Diego. Nos Estados Unidos são estimados 750 mil ataques cardíacos a cada ano, no Brasil são 320 mil mortes por problemas cardiovasculares por ano.
O gel é produzido a partir de TECIDO CONJUNTIVO CARDÍACO, retirado de células musculares do coração por meio de um processo de limpeza. É liofizado, moído até virar pó e liquefeito até se tornar um fluído podendo ser facilmente injetado no coração. Atingindo a temperatura do corpo, forma um gel semi-sólido e poros, que leva as células a recuperar as áreas danificadas do tecido cardíaco. Na pesquisa o hidrogel pode ser injetado no corpo humano por meio de um cateter. O teste usou tecido do coração de porcos, foi aplicados em ratos e não causou nenhuma rejeição do organismo ou arritmias cardíacas nos animais.
TECIDO CONJUNTIVO
As células do tecido conjuntivo têm como função servir de suporte e manter unida a estrutura corporal. Presente na maioria dos órgãos, forma grande parte dos músculos, tendões, ossos, cartilagens e da pele.
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Conhecido popularmente como ataque cardíaco, o infarto agudo do miocárdio se caracteriza pela ausência ou pela diminuição da circulação sanguínea no coração, o que priva o músculo cardíaco (miocárdio), no local acometido, de oxigênio e de nutrientes, causando lesões importantes que podem levar até a morte de suas células, conforme o tempo de duração do evento. Fazendo com que o funcionamento do coração possa ser seriamente afetado. O bloqueio ao fluxo de sangue habitualmente se deve à obstrução de uma das artérias coronárias, em razão de um processo inflamatório associado à presença de placas de colesterol em suas paredes, a ARTEROSCLEROSE. O sangue fica impedido de circular tanto pelo desprendimento de um fragmento dessas placas formando coágulos nas artérias. É uma ocorrência grave, e está em as principais causas de morte no Brasil e no mundo. Quanto antes a pessoa receba atendimento médico diante dos primeiro sintomas, maiores serão as chances de sobrevida.
CAUSAS E SINTOMAS:
Dor referida no tórax contínua, de forte intensidade e sensação de compressão, aperto ou queimação no peito, ardor semelhante à azia, dor peitoral irradiada para a mandíbula e para os ombros e braços, mas frequentemente do lado esquerdo do corpo, palpitações prolongadas (arritmias), a pessoa pode apresentar ainda suor excessivo, náuseas, vômitos, tontura e desfalecimento, ansiedade e agitação. DIABÉTICOS APRESENTAM MENOS SINTOMAS OU NADA SENTEM AO INFARTAR.
O ataque do coração resulta de uma série de agressões acumuladas ao longo dos anos, como: TABAGISMO, OBESIDADE, DIABETES, HIPERTENSÃO ARTERIAL, NÍVEIS ALTOS DE COLESTEROL, ESTRESSE, SEDENTARISMO, ENTRE OUTROS. Todas elas, isoladamente, constituem fatores de risco para o infarto agudo do miocárdio e aumentam a probabilidade de ocorrência desse evento quando presentes em conjunto na mesma pessoa.
EXAMES E DIAGNÓSTICO:
É feito por um serviço de saúde de emergência, com base nos sintomas e nos resultados do eletrocardiograma - sugerindo a interrupção da circulação no coração, e de exames de sangue que medem o nível de enzimas resultantes da destruição de células cardíacas. O ecocardiograma pode ser usado nos casos duvidosos. Uma vez confirmada a suspeita, outros métodos de imagem costumam ser usados para investigar a extensão da lesão do miocárdio, o local da obstrução e os vasos envolvidos.
TRATAMENTO E PREVENÇÕES:
O tratamento visa diminuir a lesão no miocárdio e evitar complicações fatais, o que requer a administração de medicamentos para o coração trabalhar de modo mais econômico e para ajudar a restaurar a circulação sanguínea local. Dependendo do tipo de infarto e da gravidade do entupimento, a desobstrução das artérias muitas vezes requer um procedimento mais invasivo, como a angioplastia e ou a cirurgia de revascularização do miocárdio. Empregando pontes de veia safena ou de artéria mamária, a intervenção cirúrgica constrói um caminho alternativo para o miocárdio ser irrigado pelo sangue. A angioplastia, dilata a parte estreitada da artéria doente por meio de um pequeno balão, que é levado até o local da obstrução por um cateter e ali é insuflado para promover a dilatação arterial, e implantado um dispositivo metálico denominado stent no locar tratado para evitar que a obstrução retorne.
O tratamento deve prosseguir com medicamentos e mudanças importantes no estilo de vida, equilíbrio na alimentação, prática de exercícios regulares, parar de fumar e controle rigoroso dos fatores de risco. Sobrevivendo a um infarto e adotando hábitos saudáveis, consegue voltar à vida normal e retomar suas atividades.
A melhor maneira de evitar o infarto é reduzir a exposição aos fatores de risco que podem ser controlados, como o cigarro, a obesidade, o estresse, o sedentarismo, o diabetes, a hipertensão e os níveis elevados de colesterol.
A alimentação deve ser composta de carnes magras, peixes e aves, além de verduras, legumes e frutos, com uso de óleos de origem vegetal (azeite de oliva, canola).
Prática de atividade regular, sempre com orientação profissional, tanto para a manutenção do peso e das taxas de glicose e colesterol.
Visitar periodicamente o cardiologista a partir dos 40 anos e fazer os exames solicitados na consulta de rotina. Histórico de doença cardíaca na família deve ficar mais atento aos fatores de risco.
Fonte: Fleury
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