sábado, 19 de maio de 2012

ÓLEO DE KRILL PASSA A SER USADO NO CONTROLE DO COLESTEROL



RIO - O krill das aulas de biologia e dos versos de Marisa Monte invadiu os consultórios americanos e europeus e já começa a aparecer nas receitas de nutricionistas e ortomoleculares brasileiros. O óleo extraído desse crustáceo, que se parece com um camarão e serve de alimento para outros seres aquáticos, é a mais recente aposta quando se trata de coadjuvantes no controle de colesterol, glicemia e prevenção de doenças inflamatórias. Já que ainda não é vendido no Brasil, muita gente está reservando um espacinho na mala para trazer a novidade do exterior.
Pesquisas revelam que, assim como o de peixe, o óleo de krill é rico em ômega 3 e atua na redução e equilíbrio dos níveis de LDL, chamado de colesterol ruim, e das taxas de triglicerídeos, assim como no aumento do HDL, o colesterol bom. A diferença é que, no óleo de krill, a quantidade de astaxantina, um poderoso antioxidante que previne doenças inflamatórias e degenerativas como artrite, reumatose e mal de Alzheimer, é muito maior. Segundo o médico ortomolecular Amilton Macedo, a alta concentração de astaxantina é o “pulo do gato” no óleo de krill:
- A atuação nos níveis de colesterol e glicemia é parecida com o óleo de peixe, mas o efeito anti-inflamatório do krill é bastante poderoso. Seria mais um óleo, se não fosse sua capacidade de prevenir outras doenças além daquelas relacionadas ao colesterol alto.
A nutricionista funcional Patrícia Davidson Haiat lembra que outra grande vantagem é a fácil absorção dos componentes pelo organismo, ou seja, a pessoa nem lembra que tomou.
- O gosto de peixe que fica na garganta não aparece em quem faz uso do krill – diz Patrícia.
A quantidade diária indicada pelos médicos varia de 500mg até 3g, dependendo da necessidade. Quem tem alergia a frutos do mar deve evitar o medicamento para não correr riscos. Mas todos fazem questão de frisar: para que o efeito seja satisfatório, não se pode esquecer da alimentação balanceada e da prática de exercícios fisicos.
- Sozinho nenhum óleo faz milagre, nem o de krill. Não podemos esquecer que tudo isso é coadjuvante – alerta Amilton.
Novidade ainda não é facilmente encontrada no Brasil
Apesar de alguns médicos brasileiros já prescreverem o óleo, encontrá-lo por aqui é uma missão quase impossível. Quem viaja ao exterior, traz estoque na mala. A Internet acaba sendo outra alternativa para quem não pode "importar".
- As farmácias de manipulação já estão esperando autorização para comercializar o óleo. A dificuldade maior fica por conta dos trâmites de importação. Enquanto isso, meus pacientes acabam trazendo dos Estados Unidos ou da Europa – diz Amilton.
Outro ponto negativo é o preço. Na loja virtual Amazom.com, o frasco com 60 cápsulas do óleo de krill da marca Arctic Pure sai por 36,50 dólares (aproximadamente R$ 70). Já o óleo de peixe da mesma marca e com a mesma quantidade de cápsulas sai por 22,94 dólares (aproximadamente R$ 44). Para Patrícia Davidson, o fato de o krill ser uma novidade explorada por poucos explica a diferença de preços. Mas a nutricionista acredita que vale a pena:
FONTE: O GLOBO

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