Um restaurante na Asa Sul, área central de Brasília, foi interditado na tarde desta segunda-feira (30) por vender alimentos estragados. A fiscalização encontrou salgadinhos com larvas, que estavam sendo comercializados, e apreendeu 300 quilos de alimentos impróprios para consumo.
A operação envolveu policiais da DICON/CORF (Divisão de Defesa do Consumidor) e agentes da Vigilância Sanitária, que foram analisar a situação do comércio depois de várias denúncias anônimas.
O comércio funcionava na quadra 408 com precárias condições de higiene e a dona do comércio, uma mulher de 58 anos, foi presa em flagrante pela prática de crimes contra as relações de consumo.
O coordenador substituto da DICON/CORF, Thamys Queiroz, está responsável pelo caso. Ele disse que os produtos eram armazenados de forma irregular no restaurante.
— Ela [a dona do comércio] trazia o leite direto da fazenda e guardava em baldes. As condições de higiene eram mínimas e vários produtos estragados foram encontrados no local.
Problemas
Durante a vistoria, os fiscais confirmaram a ausência de higiene no restaurante. Na cozinha, estava um cheiro forte de esgoto e não tinha um sistema automático para descarte de resíduos.
Queiroz disse que os equipamentos manipulados para assar ou fritar os alimentos não eram apropriados.
— Estavam sujos e danificados. O teto sem limpeza, pouca iluminação e funcionários sem higiene nas mãos.
Produtos vencidos
Os 300 quilos de alimentos apreendidos estavam sem data de validade ou vencidos. Eles eram guardados em um freezer, sem condições de higiene, junto com produtos que ainda estavam dentro do prazo de validade.
O coordenador responsável pela operação contou que vários alimentos perecíveis (que estragam com facilidade) eram armazenados em temperatura ambiente, quando deveriam estar sob refrigeração.
— Salsicha, bacon, queijo, suco, chás, manteija, leite, enfim, tudo estava estragado. Eles eram guardados de qualquer jeito, sem cuidado algum.
O local foi interditado e a dona do restaurante presa em flagrante pela prática de crime contra as relações de consumo.
Ela prestou depoimento e foi liberada depois de pagar uma fiança no valor de cinco salários mínimos.
Queiroz disse que após regularizar toda a situação do restaurante, a mulher poderá retomar as atividades.
— Depois de comprovar que está tudo certo para a Vigilância Sanitária, o restaurante pode ser reaberto.
No último dia 18, a polícia encontrou mais de 100 quilos de alimentos estragados em um restaurante na área central de Brasília. Carne, frango e queijos estavam descongelados e sem identificação.
Uma mulher teria passado mal depois de comer no local. O caso foi registrado em uma ouvidoria do GDF (Governo do Distrito Federal) que repassou a reclamação para a polícia.
FONTE: R7
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