quarta-feira, 25 de julho de 2012

DOIS NOVOS REMÉDIOS CONTRA HEPATITE C SÃO INCLUÍDOS NO SUS


BRASÍLIA - O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira a inclusão de dois novos medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento contra hepatite C, que é transmitida principalmente por via sanguínea (transfusão, compartilhamento de objetos não esterilizados, uso de drogas). Segundo o ministério, o Telaprevir e o Boceprevir vão beneficiar, a partir do ano que vem, 5,5 mil pacientes com cirrose e fibrose avançada, que têm maior risco de piora da doença chegando a morte. Os medicamentos possuem eficácia de até 80%, contra cerca de 40% dos remédios usados até agora. Em todo o Brasil, há cerca de 1,5 milhão de infectados pela hepatite C.

Anualmente são notificados cerca 33 mil casos dos cinco tipos de hepatite (A, B ,C ,D ,e E). A hepatite C se concentra na população acima de 40 anos e é responsável por 70% das hepatites crônicas, 40% dos casos de cirrose e 60% dos cânceres primários de fígado. Pode levar de 20 a 30 anos desde a infecção para que paciente desenvolva cirrose hepática, sem o aparecimento de nenhum sintoma que indique isso. De 1999 a 2011, houve 82 mil casos, dos quais cerca de 90% no Sudeste e Sul. Nos últimos cinco anos, houve, anualmente, 10 mil novos casos e 2 mil mortes. Desde 2000, já são 17 mil mortes no total.

Segundo o ministério, a maior parte da notificações no país é por hepatite B, tipo transmitido principalmente pela relação sexual, que afeta na maior parte jovens e adultos. De 2007 a 2011, foram registrados 14 mil casos e 500 mortes provocadas pela hepatite B em média por ano. Entre 1999 e 2011, o Brasil teve 120.343 notificações. Há mais casos entre os homens que entre as mulheres, e a incidência é maior na região Sul, seguida pelo Norte.

A hepatite A afeta principalmente crianças de cinco a nove anos, faixa etária que corresponde a 36,8% do total. De 1999 a 2011, foram 138.305 casos. Em 2011, 31 pessoas morreram devido à doença. A cada ano, numa média calculada a partir dos números dos últimos cinco anos, há 7 mil casos de hepatite A no Brasil; O Norte apresenta a maior taxa de incidência e o Sudeste a menor.

A hepatite D - que atinge apenas quem já é portador do tipo B - registrou 2.197 casos entre 1999 e 2011. Somente no ano passado, foram 360 novas infecções. Na média dos últimos cinco anos, a taxa anual foi de 39 óbitos. Desde 2000, 303 pessoas morreram em decorrência da doença.

O Ministério da Saúde também anunciou a ampliação nos invertimentos para o diagnóstico das hepatites B e C, com a aquisição pelo SUS de 2,3 milhões de unidades do teste rápido para detectar os dois tipos da doença. Haverá ainda um concurso com premiação de até R$ 5 mil para manicures e tatuadores, com o objetivo de levá-los a adotar práticas seguras no ambiente dos salões de beleza e estúdios de tatuagens.

FONTE: O GLOBO

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