Segundo pesquisadores da Grã-Bretanha, o tratamento contra o câncer de mama pode ser menos eficaz entre mulheres obesas do que entre aquelas que têm peso normal. Essas pacientes, afirmam os especialistas, apresentam altos níveis de estrogênio mesmo após a terapia com drogas que suprimem esses hormônios — uma das principais abordagens de combate à doença. Essas conclusões fazem parte de um estudo publicado nesta segunda-feira no periódico Journal of Clinical Ongoloy, uma publicação da Sociedade Americana de Oncologia Clínica.
Isso não quer dizer, porém, que mulheres que apresentam obesidade não tenham reduzidos os níveis de estrogênio com esse tratamento contra o câncer. De acordo com a pesquisa, a quantidade desses hormônios é reduzida significativamente nessas pacientes, mas, em média, ela representa quase o triplo dos níveis encontrados em mulheres com peso normal ao longo do tratamento.
Nessa pesquisa, uma equipe do Instituto de Pesquisa em Câncer de Londres, na Inglaterra, examinou o efeito de dois medicamentos de bloqueiam os estrogênios no organismo de mulheres com câncer de mama. Para isso, os especialistas aplicaram os dois tratamentos — um de cada vez — em 54 mulheres que já haviam passado pela menopausa e que apresentavam a doença.
De acordo com os autores do estudo, porém, as mulheres obesas não devem se preocupar com os resultados. No entanto, a pesquisa ressalta a importância de o médico escolher o tratamento mais adequado para cada paciente levando em consideração diversos fatores, inclusive o índice de massa corporal. “Esses medicamentos estudados vêm ganhando um papel cada vez mais importante no combate ao câncer de mama. Por isso, é muito importante entender quais fatores afetam, e de que maneira o fazem, a ação dessas drogas”, diz Alan Ashworth, chefe executivo do Instituto de Pesquisa em Câncer.
FONTE: VEJA
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